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O deserto das minhas lembranças

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Mensagem por Wez Sex Jun 26, 2015 2:08 am

O dia começava a raiar quando Wez saiu da sua cabana e se espreguiçou com vontade. Calibur a seguiu e deu alguns rodopios no ar. A grama recém coberta pelo orvalho matutino deixava as pernas semidesnudas da treinadora um pouco molhadas, assim como os seus pés protegidos pelas sandálias finas de verão. Ela passou as mãos por baixo das madeixas loiras e as jogou para trás.

- Bom dia Call.

A pokemon espada ressonou levemente e então começou a flutuar ao redor. Wez a observou por alguns instantes antes de se sentar num tronco de árvore que estava derrubado. Ela passou a mão de modo a limpá-lo antes de se acomodar cruzando as pernas, deixando parte das suas coxas à mostra.

- Mais um dia sem nenhuma pista...

Seus pensamentos tentaram trazer o seu passado para a superfície da sua mente, mas o esforço fora em vão. Então ela pegou uma pedra na sua mochila e chamou a sua pokemon para o seu colo. Sem nenhum tipo de relutância e armada com olhos sorridentes, Calibur se deitou no colo da sua treinadora, a qual começou a passar a pedra de amolar no fio da espada.

- Vejamos. Precisamos fazer alguma coisa. – Divagou Wez.

A pokemon parecia contente com o carinho, o qual a deixava mais lustrosa e afiada. Era comum que Wez a afiasse daquele modo, assim como limpar a guarda de Calibur e treinar com ela. Essa última parte a espada tinha de se esforçar, Wez era forte, mas não tanto. Então as duas tinham que se sincronizar para que nenhuma força fosse desperdiçada nos movimentos. Ambas sabiam que ainda estavam longe desse objetivo.

- Vamos para algum lugar Call?


Última edição por Wez em Sáb Jun 27, 2015 7:05 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Duque Maravilha Sex Jun 26, 2015 4:56 pm

Em meio a rota 4, em uma pequena cabana de madeira uma senhora postada na janela vislumbrava a linda vista daquele vale. Vivia sozinha, tendo apenas como compania a natureza e os Pokémons do local. Estranhamente uma visitante veio de longe. Uma garoto de cabelos loiros como se fossem ouro. Estava perdida e sem rumo e a velha Tori permitiu que os dois acampassem em seu jardim. Ela insistiu em ceder um espaço de sua cabana, mas a jovem e seu Pokémon tinham sua própria tenda. Uma criatura não comum nos vales de Kanto. Tinha a forma de uma espada. Parecia ser uma femea a apesar de sua forma era muito doce.

Tori observava os dois em baixo do sol da manhã. A jovem afiava a lamina de seu Pokémon. Parecia que a amizade dos dois era tão firme quanto a pedra que ela segurava. o que não era firme era a história daqueles dois. Perda de memoria repentina. Tori temeu que fosse um truque, mas o lindo sorriso nos lábios daquela mulher retirou sua desconfiança.

A velha senhora colocou um chapeu na cabeça e saiu de sua casa. Seguiu os passos de Wes e parou a seu lado.

- Minha linda jovem. Eu acho que eu sei de alguém que pode lhe ajudar. Em uma cidade muito distante daqui vive um homem. Um homem que conversa com os fantasmas. Eu não sei seu nome, apenas sei que ele carrega uma marca na mão esquerda e anda sempre entre os Pokémons da noite. Você pode encontra-lo em Lavender. É sua chance de resgatar seu passado. Ou se preferir, pode criar uma nova história e seguir sua vida com seu novo amigo.
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Mensagem por Wez Sáb Jun 27, 2015 6:43 pm

Wez estava terminando de afiar o lado esquerdo traseiro de Calibur quando ouvi o farfalhar da grama indicando a aproximação de alguém. Instantaneamente a pokemon se moveu ficando na frente da treinadora em posição desafiadora. A loira se levantou delicadamente e pousou a mão direita no cabo da sua protetora e deu um sorriso enquanto observava a senhora se aproximar. Antes que pudesse se apresentar, a senhora começou a falar. Era como se ela conseguisse ler a mente, os pensamentos e dúvidas da treinadora, a qual sentiu um arrepio atravessar as suas costas. O sorriso ameaçou desaparecer dos seus lábios, mas ela o forçou a continuar emoldurado pelo seu rosto.

- Entendo. Lavender, não é mesmo?

Ela sentiu a sua pokemon vibrar levemente se mantendo em riste à frente do seu corpo. Calibur não parecia querer confiar na senhora que estava na frente delas. Porém algo fazia com que Wez se sentisse tranquila, provavelmente a aparência amistosa da mulher. Mas agora a sua mente estava em outro lugar, estava na dúvida, na hesitação.

“Não a conheço, não sei nem mesmo onde estou. Só posso confiar em Call. Não. Não posso confiar nem em Call e nem em mim mesma. Não faço idéia de quem eu sou, não sei se minhas atitudes poderiam mudar de uma hora para outra. Eu poderia seguir com essa nova vida e desistir de quem eu era. Porém mesmo sem lembranças, meu passado define o meu presente e interferirá no meu futuro. Não posso deixar de busca-lo, se tornará impossível continuar sem saber sobre a mina base criadora, a fundação de quem eu sou. “

Wez mirou os seus olhos safira para a sua companheira e esta a encarou por alguns segundos. Não tinham muita ligação emocional, mas a espada parecia querer ajudar com os planos. Somente isso. Só de ter noção de que alguém realmente estava ao lado dela fez com que Wez sorrisse novamente e se abaixasse de forma que Call pudesse encostar a ponta da sua lâmina no chão e ficar na vertical.

- O que acha, Call? Você me acompanharia até esse lugar para descobrir mais sobre o meu passado? Você esta disposta a correr perigos e lutar comigo pelo direito de saber da onde eu vim?

A espada inclinou-se levemente para frente, concordando com um movimento singelo do corpo. Wez sabia que apesar de minucioso, o movimento sem hesitação da sua companheira significava uma aceitação plena. Talvez Call soubesse alguma coisa do seu passado, porém não tinha como transmitir essa informação para a sua treinadora. Esta acariciou a empunhadura da sua pokemon e se colocou de pé. Ela olhou à sua volta, para as árvores que os circundavam e tinham as suas folhas e galhos a dançar com o fluxo inconstante do vento.

- Então esta decidido. – Ela passou a mão por baixo das madeixas loiras. – Eu e Call vamos até Lavander. Muito obrigado pela sua ajuda, senhora. Eu me chamo Wez. – Ela se virou para a senhora com um sorriso encantador. – Poderia me dizer qual o caminho para tal cidade?

“Preciso encontrar o homem com a marca na mão esquerda. Aquele que caminha com os pokemons da noite. “
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Mensagem por Duque Maravilha Dom Jun 28, 2015 12:40 am

Dizem que não podemos dar um passo para frente sem antes olharmos para trás. A jovem Wez desejava seguir em frente, abandonar os sopros do passado, mas algo lhe dizia que ela tinha algo escondido. Se ela queria continuar sua vida, precisava desenterrar suas memorias de dentro das estranhas de seu cerebro. E agora sabia como poderi faze-lo.

Sua nova amiga flutuava a sua frente. Uma sombra fiel que não sairia de perto da jovem tão facilmente. Quando Wez pediu que ela a acompanhasse em sua jornada a Pokémon não pensou duas vezes. Como uma guerreira a proteger uma realeza ela se curvou, demonstrando sua fidelidade a loira.

- Se busca moldar uma nova vida, siga para oeste. - disse a velha Tori. - Mas se deseja buscar seu passado deve ir pelo Leste e chegar na grande cidade de Saffron, porém tenha cuidado. Muitas coisas cintilantes como suas jóias irão surgir em seu caminho. Essas jóias irão refletir o que você mais deseja e irão te confundir. Olhe para os dedos ao quais essas jóias estão e tome cuidado a quem esses dedos pertencem, antes que a mão aperte sua gargante. - A velha Tori pegou uma Pecha Berry e deu na mão da jovem. - Mesmo que o mal esteja lhe cegando e impedindo de ver a luz, saiba que a docura da esperança sempre estará ao seu lado. Ande coma, e depois escolha seu caminho.
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Mensagem por Wez Dom Jun 28, 2015 1:42 am

Wez observou em silêncio os seus dedos conforme a velha Tori falava e se surpreendeu com a velocidade dela ao lhe entregar aquela berry. Por alguns instantes Calibur ficou em riste, preparada para defender a loira, mas se aquietou ao perceber do que se tratava. A treinadora olhou a Pecha por alguns instantes, perdida em pensamentos.

“Refletir o que eu mais desejo e me confundir. Eu mesma não sei o que eu mais desejo. Não sei como alguém poderia saber. Desejo conhecer o meu passado, mas seria o que eu mais desejo? Por que alguém desejaria me atacar? “

Ela olhou para a sua pokemon e suspirou. Ela não conseguiria ajuda-la se a situação que a senhora profetizou realmente acontecesse. Wez teria de ser forte, teria de se fazer de forte e vencer esse desafio. Ela sorriu e separou a Berry ao meio com as mãos, entregando metade para a espada, a qual a aceitou com certa tranquilidade.

- Já esta decidido, senhora. Eu e a Cal vamos para o leste. Seguiremos a estrada de tijolos amarelos, como alguém uma vez me disse. – Um olhar incrédulo passou por Wez e Cal o compartilhou. – Digo...alguém me disse isso uma vez. Estranho. Não consigo saber quem foi, nem quando. Nem mesmo como era a voz...

Calibur equilibrava a sua metade da Pecha na sua lâmina e olhava para Wez tentando descobrir alguma coisa a mais. Porém Wez deu um sorriso tímido e arrumou o cabelo atrás da orelha com a mão que estava livre. Em seguida ela mordeu a berry e sem querer deixou um pouco do seu sumo escorrer pelo queixo. Cal lançou a fruta para o ar e rodopiou, cortando-a em vários pedaços e abocanhando cada um deles conforme eles caiam. A treinadora passou as costas das mãos sobre a boca e os seus lábios transmitiram a enorme alegria que parecia jorrar de dentro dela.

- Então vamos, Cal. O início da lembrança do nosso começo. – Ela deu uma risada pessoal conforme corria para arrumar as suas coisas. – Não temos tempo a perder. Me ajude a lembrar do que nos foi dito: seguir para leste até Saffrum. Ter cuidado com coisas cintilantes que surgirão em abundância. Essas coisas vão me mostrar o que eu mais desejo, no caso o meu passado, para me confundir. Aí eu tenho que olhar para os meus dedos que no caso podem não ser meus antes que apertem a minha garganta.

Conforme falava, Wez ia arrumando as suas coisas numa leve mochila de ombro único e Calibur ia ajudando, levando as coisas em cima da sua lâmina. As duas se trombaram algumas vezes, mas nenhum ferimento sério foi causado. Era claro que as duas não tinham muita intimidade e nem sincronia. Por fim Wez estava a frente da senhora e a pokemon ao seu lado. Ambas se curvaram respeitosamente para ela.

- Muito obrigada pela ajuda, senhora. Eu me chamo Wez e essa é a Calibur. Futuramente, prometo retornar para lhe agradecer devidamente.

Ela sorriu alegremente e começou a seguir a rota na direção leste. A direção que talvez guardaria a resposta para as suas dúvidas e aflições, aquela que talvez continha a chave para desvendar o seu passado. Seu coração palpitava mais forte, o medo ameaçava assolá-la, mas a loira fechou os punhos com força e obrigou os seus pés a continuar caminhando. Se ela não o fizesse a cortina nunca se levantaria, sua mente nunca poderia descansar. Ela tinha que prosseguir e podia contar com a sua companheira que a acompanhava com o mesmo ritmo. Wez e Cal iriam até onde fosse necessário.
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Mensagem por Duque Maravilha Qui Jul 02, 2015 2:45 pm

As palavras cheias de significado de Tori, rodopiavam na cabeça enuviada de Wez. O que poderia dizer tudo aquilo? Talvez no momento elas não tivessem sentido, mas acime de tudo elas eram um aviso e futuro seriam de ajuda a dama.

- Eu sou Tori. Eu vivo aqui na campina a muitos anos em meio aos Pokémons. Ver uma alma humana as vezes é bom. Tenha cuidado na estrada minha jovem. - A senhora apertou a mão de Wez e a beijou e depois lhe deu as costas.

A estrada a leste chamava Wez para iniciar sua aventura. Uma busca pelo passado, para que ela formasse seu futuro. Ao lado de sua nova amiga, a destemida Calibur ela andou passo por passo em direção ao Sol nascente. A campina verdejante se tornava um mar verde ao toque do vento e da luz de uma novo dia. Pokémons iam e vinham em busca de comida, um pouco de sol ou até mesmo diversão. Um grupo de pequenos Growlithes brincavam juntos. Eles competiam para ver quem ficaria com um bolota de carvalho, que tentavam roubar um do outro. Um deles corria com a bolota para longe, porém tropeçou numa toca de Ratattas e perdeu seu premio. A bolota rolou até chegar aos pés de Wez.Os pequenos caninos pararam sua brincadeira e olharam com atenção para a garota. Não era nada parecido com os Pokémons da área, e junto com ela havia uma criatura muito estranha que amedrontou um deles. O mais corajoso dos Growlithes se aproximou com toda pompa que tinha, mostrando não ter medo de Wez, ou pelos menos fingia não ter. Ele latiu, mostrando sua furia. Queria a bolota de volta e iria brigar para te-la de volta.
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Mensagem por Wez Qui Jul 02, 2015 6:56 pm

Wez se surpreendeu com o beijo que Tori havia lhe dado, mas sentiu a sua bochecha quente com o toque da pele de outro ser humano. Ela tocou o local levemente e sorriu, simples gestos podiam ter grandes efeitos. Animada com a jornada à frente, a jovem caucasiana começou a andar em direção ao sol com a sua pokemon flutuando ao seu lado.

- Existem pessoas de bom coração, Call. Pessoas que valem a pena conhecer.

A pokemon deu uma volta no ar com a sua lâmina, concordando com a constatação da loira. O lugar a sua volta era de um verde encantador e a temperatura era perfeita: quente mas com o vento a diminuir a sensação abafada. Ela pôde observar alguns pokemons correndo ou voando para todos os lados. O mundo era vivo e ela fazia parte dele, por mais que não soubesse qual seria o seu papel naquela magnitude toda. Ela parou o seu avanço para observar alguns pokemons laranjas e peludos brincarem com uma bolota. Era algo engraçado e até divertido de se observar. Eles eram lindos e a diversão deles era contagiante. Até que o objeto de diversão deles rolou até perto de Wez quando um deles atrapalhadamente tropeçou numa toca de Ratata. Wez não pensou duas vezes e correu até o pokemon que havia tropeçado, deixando a bolota na frente de Calibur.

- Coitado!!

Ela se ajoelhou na frente do pokemon e estendeu a mão para tocar na pata que deveria estar ferida, porém não contava com a animosidade do grupo. Calibur não sabia bem o que fazer, então parecia uma protetora da bolota. O que pareceu não agradar o líder do grupo canino que latiu para as duas. Wez deu alguns passos para trás, receosa, e parou ao lado da bolota sem se dar conta dela.

- Call...por que eles estão tão bravos? Eu... eu fiz alguma coisa errada?

Calibur se colocou entre o cachorro e a sua treinadora. Ela sabia que teria de proteger a humana custe o que custasse. Mesmo que tivesse de derrotar todos aqueles pokemons laranja listrado. Ela olhou com o canto de olho para Wez pedindo instruções de como prosseguir, mas a treinadora se ajoelhou no chão e sorriu. A bolota estava atrás dela. Sem perder tempo, Calibur começou a realizar a Swords Dance.
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Mensagem por Duque Maravilha Sex Jul 03, 2015 2:13 pm

Wez se encantou com o pequeno grupo de cães laranja. Quando um deles se machucou ela correu para ver se estava bem, mas o pequenino se afastou mancando, afinal ele não a conhecia. Com um olhar atento a moça ele se sentou no chão e lambeu a perna dolorida. Parecia que nada de grave havia acontecido. Quando ele se levantou uma criatura roxa, com um rabo enrolado saiu da toca. Ela parecia estar nervosa e roia os dentes para o pequeno cão. Uma outra criatura semelhante saiu da toca e viu Wez, ela se aproximou e também bateu os dentes em sinal de insatisfação.

Calibur vigiava a bolota como se fosse um civil a proteger numa guerra. Um dos cães se aproximou dela e latiu, exigindo a bolota de volta. Call olhou de canto de olho para sua mestre em busca de respostas, porém a viu em perigo. O cão se aproximou mais e ela se fincou no chão entre o estranho e a bolota. O oponente felpudo deu a volta para pegar seu pertence, mas a espada girou no ar e iniciou uma dança. Ela da piruetas e círculos no ar. O cão olhava atento como se fosse um show. Sentou na pernas traseiras e observou a dança da espada enquanto balançava seu rabo. O movimento de Callibur porém é uma dança de guerra e el estava se preparando paraa batalha, o que ela não advinharia é que um passro desse um razante e roubasse a bolota.

Um Spearow pegou a bolota e fugiu. Com a bolota na boca ele pousou numa árvore proxima e tentou abrir ela com seu bico. O grupo de cães correu latindo atrás de seu brinquedo e ficaram pulando no chão tentando subir na árvore.

Enquanto isso os Ratatas ainda ameaçavam Wez e o pequeno cão que agora havia se escondido no colo da garota.
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Mensagem por Wez Sex Jul 03, 2015 4:31 pm

O momento em que o pokemon cachorro se afastou, fez com que Wez recolhesse a sua mão decepcionada. Não via motivo para alguém querer ferir o pequeno pokemon, ele não deveria ser tão desconfiado. Pela movimentação dele o ferimento não deveria ter sido muito grave, porém ele lamber a pata fez o coração dela se apertar um pouco. Porém, de repente, dois ratinhos saíram da toca, enfezados, e começaram a bater os seus dentes para os dois.

- Calma....calma... – Falou no tom mais calmo que conseguia enquanto movia as mãos na frente do corpo.

Call, por sua vez, estava num enorme dilema. Inicialmente iria proteger Wez dos caninos, porém agora haviam surgido alguns ratos roxos. Ela ficou em dúvida se iria ajudar a loira ou se protegia a bolota. Ao perceber o cachorro dando a volta, iniciou a dança e quando a completou um pássaro deu um rasante e pegou a esfera. Call havia rodopiado para um pouco longe do objeto quando percebeu uma movimentação vindo de cima e ficou irritada ao perceber que havia sido roubada. O cão laranja parecia bem incomodado também.

“Vamos cachorro, vamos pegar a sua bolota de volta. “

Ela não sabia se o pokemon iria entende-la, mas desde que ele não a atacasse, ela teria a chance de pegar de volta a esfera. Ela não queria para ela, mas o fato de terem conseguido passar pela sua defesa a incomodava. Ela iniciou a swords dance de novo enquanto flutuava em direção à árvore.

Wez se sentou no chão e abraçou o pequeno pokemon peludo. Ela estava com medo dos pequenos ratinhos, não que eles fossem mata-la, mas ela não queria machucá-los. E se eles se sentiam irritados, poderiam ferí-la. E ela tinha uma baixa resistência a dor.

- Por favor, me desculpem. Eu não. Eu posso ajuda-los a arrumar a toca de vocês. Não machuquem ninguém. – Ela abraçou o pokemon ainda mais forte. – Não se preocupe, eu vou defende-lo.

Ela olhou em direção a Call por alguns segundos e percebeu que ela estava se divertindo com os cachorros em volta de uma árvore. Era bom que a sua companheira socializasse um pouco, mas aquele momento não era o ideal. Wez deu um grito para a sua companheira.

- Call !! Bata com tudo!! Rápido!! – Em seguida ela se virou para o pequenino no seu colo. – Você conseguiria assustá-los um pouco? Talvez uma mordidinha se eles se aproximarem?

Ela precisava ajudar o grupo ao qual causou tantas confusões. Era culpa dela que o pequenino havia machucado a pata, era culpa dela que eles se separaram da bolota e agora estavam brincando com uma árvore, era culpa dela que a toca dos ratinhos roxos havia sido afetada. Não podia culpar nenhum deles, mas tinha que reparar os danos.

- Não se aproximem, ratinhos. Não quero ferir vocês...não se não for necessário.

Call, por sua vez, havia ouvido pedido de Wez e com isso definido o que faria: investiu com todas as suas forças contra a árvore na qual o pássaro estava. Ela em si não era tão forte, mas com duas danças fortalecedoras, seria capaz de tirar o equilíbrio do pássaro e acertá-lo com o mesmo ataque logo em seguida.

“Assim que puderem, mordam o pássaro ou peguem a bolota!!”

Ela pensou, novamente sem saber se eles a entenderiam ou sequer recebessem algum tipo de mensagem. Ela tinha que se concentrar em rodar no ar e acertar a árvore com o seu corpo, não com a lâmina para não ficar presa. Por isso não havia tirado a sua bainha. Rodando no sentido oposto, deveria ser rápida o bastante para mudar a sua rota no ar para acertar o pokemon pássaro antes que ele caísse no chão. Ela conseguiria, ela sabia e confiava nas suas habilidades. Por Wez.
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Mensagem por Duque Maravilha Dom Jul 05, 2015 8:50 pm

Wez protegia em seus braços o pequeno cão. Os roedores estavam enfurecidos pois haviam destruído a entrada de sua toca. Ao perceberem que foi apenas um acidente eles ofenderam a moça e o cão e se retiraram pra sua toca. O pequeno cão ficou aliviado e lambeu a mão de Wez em agradecimento e depois pulou de seu colo.

Call e seu oponente olhavam para a ave em cima da árvore bicando o premio da matilha. Ambos se entreolharam e entenderam que precisavam apartar sua briga por ora e se inurem. Ambos correram na direção da árvore. Callibur dançava junto com a brisa fortalecendo seus movimentos. Com uma batida certeira fez o tronco tremer e a ave assustada soltou a bolota. Os cães pularam no brinquedo e o protegeram das garras da ave.

O pássaro se aproximou de Call e tentou bicar sua face. Estava nervoso, pois seu alimento havia sido roubado por um bando de cãezinhos sarnentos. Ele estava pronto para brigar em nome de sua honra, grasnando e batendo as asas rapidamente.
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Mensagem por Wez Dom Jul 05, 2015 10:37 pm

Wez suspirou profundamente ao perceber que os ratinhos iam embora, mas não sem antes a ofenderem. Ela os observou irem embora e ao sentir algo molhado em sua mão, baixou o olhar. Ao perceber que era o pequeno cachorro laranja, ela sorriu e passou a outra mão de leve sobre o pelo acima da sua cabeça. Em seguida ele saltou para a grama, sua pata parecia estar bem melhor.

“Aqueles ratinhos mal-educados. Pelo menos não quiseram nos atacar, uma mordida daqueles dentões deve doer bastante. Seria uma pena se esse cachorrinho fofo se machucasse. “

Ela olhou para a árvore no momento em que a bolota caiu no meio da matilha. Ela deu um saltinho e começou a correr para perto de Call, porém parou ao reconhecer uma forte obstinação nos olhos da sua companheira.

- Call...

Ela podia pressentir que a sua aliada estava mais forte, mais compenetrada e focada no seu oponente. Apesar de ser uma situação de risco, Wez conseguia perceber que Call estava mais bonita, mais nobre. Ela havia nascido para aquilo, para ser forte, para treinar e ficar cada vez mais forte. E ela, como sua companheira, deveria apoiá-la. Se Call precisava se tornar cada vez mais afiada, Wez deveria ser a sua pedra amoladora.

“Call, assim como você se prontificou a descobrir o meu passado, eu me comprometo a te ajudar a se tornar cada vez mais forte. “

Apressando os seus passos, ela parou logo atrás da sua pokemon com um grande sorriso nos lábios. Ao perceber a presença da sua companheira, Call pôde se concentrar ainda mais na ave. O cachorro alfa estava do lado de Call, observando o oponente tão cauteloso quanto a pokemon espada. Wez poderia utilizar isso como vantagem. A pequena pokemon cachorro estava sentada ao seu lado, observando a luta apreensiva.

- Não se preocupe, pequena. Eles conseguirão vencer.

“Espero. Eu...eu tenho que ajuda-los. Mas como? Bem...a Call é bem forte, ela poderia bater no pássaro com toda a sua força. Se pelo menos ela saísse da bainha. Já o cachorro poderia morder o pássaro. Isso. Eles podem agir juntos. “

Ela firmou os pés na terra abaixo da grama verde que roçava nos seus tornozelos e sentindo a tensão dela, a pequena cachorra laranja se pôs em posição de ataque. A ave voava ao redor de Call e do cachorro, esperando uma brecha para atacar. Mas ele estava nervoso, iria atacar sem pensar duas vezes.

- Call e cachorro!! Protejam as costas um do outro!! Call, assim que o pássaro mergulhar para te atacar, gire e acerte-o com toda a sua força!! Cachorro, se a ave chegar perto, morda-a o mais forte que conseguir!! Tomem cuidado para não se acertar!!

Ela prendeu a respiração e focou os seus olhos azuis no campo de batalha. Suas mãos estavam fechadas e as suas unhas, apesar de curtas, estavam cravadas na pele branca. Ela sentia uma forte adrenalina percorrer o seu corpo. Sua estratégia era fraca, mas não tinha muito mais o que poderia fazer naquele momento. Tudo dependeria de Call e do cachorro laranja.
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Mensagem por Duque Maravilha Ter Jul 07, 2015 5:43 pm

A garota se levantou do chão e acompanhou com o olhar a pequena Growlithe se juntando aos irmãos. Eles agora vigiavam a bolota rosnando para o passaro ladrão. Spearow grasnava irritado para Call, pois a mesma havia roubado seu furto. A selvagem ave não deixaria ela sair impune. Mesmo que não resgatasse a bolota, ele iria enfiar suas garras na estranha Pokémon.

Movida pela adrenalina do momento Wez se aproximou da Honedge. Ela sabia o que veria a seguir, como se cada parte do seu corpo estivesse esperando por aquilo. Uma batalha estava prestes a acontecer. A sensação, o sangue correndo, o suor fluindo, a ansiedade, tudo isso era comum ao corpo de Wez. A últma vez que havia sentido isso tudo parecia ter sido a muito tempo, como se fosse em outra vida. Era frio e neve caia em flocos gelados na terra. O frio tocava sua pele, mas ela estava quente, pois seu sangue corria rapido por sua veias.

Movida pelas lembranças, Wez agiu. Com uma ordem a espada saiu de sua bainha e voou na direção da ave. Com um corto certeiro e fortalecido pelas danças de guerra, Spearow caiu no chão machucado. O cão ao lado de Call correu até a ave e impediu que ela levantasse para fugir. Com um jogo de corpo ele finalizou e desmaiou Spearow.

Quando Wez deu por si estava novamente no vale verde. Suas mãos estavam brancas como seu vestido de tanto apertar o punho. Toda a adrenalina se esvaiu quando ela caiu de joelhos exausta.
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Mensagem por Wez Qua Jul 08, 2015 12:26 am

Momentos antes de Calibur acertar o oponente, assim que Wez firmou os pés na terra, ela se viu num cenário completamente diferente. Ao seu redor pequenos flocos de neve flutuavam do céu em direção ao chão. Mesmo assim ela permanecia com as suas arejadas roupas, mas o frio não a fez tremer. Pelo contrário, aumentou a diferença entre o ambiente e o seu corpo. Ela respirava com dificuldade, talvez pela ansiedade, talvez pelo esforço do seu corpo em aquecê-la. Ela olhou em volta com a sua visão periférica, mas não reconheceu nada. Ela teve a impressão de estar num lugar familiar, porém ela não conseguiu identificar.

“O que? Onde? Esse lugar...eu já estive aqui. “

Ela não tirava o olhar da batalha, sua mente parecia calcular tudo o que poderia acontecer, cada ação e reação. Ela sabia as rotas, as curvas e os ataques dos três pokemons presentes. Era como se uma segunda mente calculasse tudo para ela em segundos e lhe mostrasse os cálculos superficiais e os melhores resultados. Aquilo era estranho e sem controlar, ela deu a ordem para o ataque.

Para a sua surpresa Wez agiu rapidamente e terminou a batalha em alguns segundos. Sem pensar duas vezes, a espada flutuou numa enorme velocidade e parou a alguns centímetros da sua treinadora enquanto o pokemon canino imobilizava e desmaiava a ave. Cal flutuava incessantemente ao redor da loira, preocupada. Esta, por sua vez, caiu de joelhos no chão, deixando as suas madeixas loiras cascatearem à frente do seu rosto. Ela olhou as suas mãos fechadas apoiadas nas suas coxas. Seu corpo e mente estavam exaustos, mas mesmo assim ela levantou os olhos safiras para a sua pokemon e deu um sorriso com as bochechas molhadas de suor.

- Parabéns Cal!! Foi um ótimo planejamento e execução!

Então Wez sentiu uma pontada no peito e se encolheu abraçando o próprio peito. Sua mente parecia confusa, sua visão embaçada. O que quer que tivesse apagado a sua memória, não queria que ela voltasse. A menor sensação vinda do passado trouxe consigo uma enorme dor de cabeça e no peito. Cal a olhou preocupada e flutuou ao seu redor impaciente. Ela vestiu novamente a sua bainha, mas mesmo assim não podia fazer muito mais. Ela precisava proteger Wez, mas não podia fazer nada naquele momento. Ela olhou para a matilha de cachorros laranja. Era difícil para ela admitir que não podia cumprir com o seu papel sem ajuda, seu orgulho não permitiria que ela fizesse isso, porém a dor de Wez a forçou a engolir o seu ego e mirar o líder dos cães com uma suplica no olhar. O líder da matilha saiu de cima do oponente e caminhou até a humana. Ele passou por baixo do braço direito dela e deu uma leve lambida no seu rosto. Cal olhou a cena com incredulidade.

“Sério cão? Sério que essa é a sua ajuda? Vou pedir pros ratos morderem o pé dela, acho que isso a ajudaria mais. Inútil. “

Porém ao sentir o pelo do cachorro roçar a sua pele, elevou os olhos para o pokemon e forçou um sorriso. A dor era visível, porém aos poucos ela conseguiu abraçar o cão felpudo e até mesmo fazer carinho acima da sua cabeça. Cal virou os olhos ao perceber que o cachorro a olhava com ar de superioridade. Wez afundou o rosto no pelo branco no topo da cabeça do cachorro laranja e respirou fundo. Algo no cheiro do cão, o cheiro mais profundo dele, desanuviou a sua mente. Não o cheiro de cachorro fedido, não os cheiros passageiros, o cheiro do próprio pokemon. Havia algo ali que a trazia de vez para o presente e a ancorava ali.

- Muito obrigado pequenino. Eu já estou melhor.

Cal flutuou um pouco para longe, como se não tivesse acontecido nada demais. Mas ela estava machucada por não ter sido ela a ajudar a sua companheira, aquele cachorro metido. Wez respirou fundo e fez um carinho abaixo da mandíbula do pokemon canino. Ele parecia gostar daquilo. Então ela se levantou aos poucos e Cal flutuou para servir de apoio para ela.

- Muito obrigado Cal. Me desculpem por preocupa-los.

Ela passou a mão, ainda trêmula, pelo seu cabelo para arrumá-lo. Cal e o cachorro trocaram olhares sérios. Então a espada se virou para a treinadora e apontou a sua ponta para o líder d matilha. Ela queria que ele as acompanhasse, por mais que odiasse admitir. A loira olhou de Call para o cão e um sorriso sem dor aflorou nos seus lábios.

- Não quer vir conosco, pequeno? Acredito que você poderá nos ajudar bastante.

Ela não sabia porquê, mas tirou da sua mochila uma esfera alvo rubro e a estendeu na direção do cachorro. Cal se virou de costas, ainda servindo de apoio para a mão esquerda da sua companheira. Wez não sabia o que tinha acontecido e aquilo a incomodava, mas o cachorro a ajudara a se recuperar, isso seria muito útil na sua jornada.

- Por favor, você seria muito bem-vindo.







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Mensagem por Duque Maravilha Qua Jul 08, 2015 1:21 am

Quando o devaneio, ou talvez visão, do passado se foi, Wez estava com os joelhos na grama sentindo o farfalhar da vegetação em suas pernas. Call flutuava a sua volta, observando com a atenção a mudança brusca no comportamento da moça. Ela ergueu seu rosto e munida de um sorriso parabenizou a companheira, porém sua felicidade foi substituída pela dor.

Uma força ao qual não podia lutar estava levando a sensação da batalha embora. Seu coração voltou a bater normal, enquanto que a adrenalina se esvaia de suas veias. Era como uma presença a sua frente a sugar o calor da batalha. A mesma força que antes havia roubado as memórias das duas.

A espada circulava a cabeça da moça, movendo os cabelos dela com seus movimentos rapidos. Estava preocupada, mas sua lamina afiada não servia para acalentar uma pele frágil como de uma humana. Em suplica e vergonha unidas ela pediu ajuda de seu rival, o pequeno cão laranja. Growlithe latiu chamando atenção da moça e se aninhou em sua mão direita antes de lambe-la. O toque e o carinho daquela criatura encheram de amor e calor o peito de Wez que se animou novamente.

O afeto do cão motivou a jovem a se recuperar e levantar. Aquela matilha de pequenas criaturas havia trazido tanta alegria para os olhos de Wez. Talvez um deles poderia ser uma ótimo compania de viagem. Talvez o líder que se mostrou tão corajoso em batalha naquele dia. Com a oferta nas mãos de Wez ele olhou para ela curioso. Bateu seus olhos nos irmãos a brincar com a bolota e depois na espada flutuante. Ele latiu e chamou a atenção de Call. O pequeno canino adotou uma posição de combate. Se ele queria seguir com as duas, precisava primeiro derrotar aquela espada.
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Mensagem por Wez Seg Jul 20, 2015 12:18 am

Wez deu um singelo sorriso com a resposta do cão. Era previsível que ele agisse daquela forma, porém não caberia a Wez decidir o vencedor daquele embate. Ela não iria escolher um lado, não podia ter favoritismo entre os seus companheiros de jornada. Então ela bateu palmas e se posicionou exatamente entre os dois.

- Vejamos quem vai se sair melhor nessa batalha! Calibur ou Inugami, mostrem-me os seus poderes! Quero que lutem com tudo que podem!

Assim, Wez deu alguns passos para trás, ficando perto da matilha que brincava com a bolota. A pequena filhote fêmea veio correndo até a loira, a qual a pegou no colo e observou os seus irmãos por alguns segundos. Enquanto isso Cal observava Inugami com um ar de superioridade clara.

“Cachorro, não pense que vou pegar leve contigo somente por que você é peludo e ajudou a Wez.”

Inugami mirava a espada com os seus olhos negros amendoados. Ele estufou o peito e começou a caminhar lateralmente procurando uma abertura na defesa da oponente. Ele baixou a parte do corpo, jogando o seu peso para as suas patas traseiras que eram mais fortes. Cal manteve-se na bainha, não iria machucar muito o cachorro. Só assustá-lo o suficiente para que Wez o capturasse. A menina alva observava a batalha com um olhar apreensivo. Mesmo sem conhecer Inugami direito, ela deduzia que ele deveria estar aflito quanto à sua família. Ela não sabia o que poderia fazer naquele momento.

“Seria o certo separá-lo deles? Posso ser mesquinha ao ponto de querê-lo ao meu lado tanto assim? Eu não me conheço, não posso ter uma família inteira dependendo de mim. Mas não posso abandoná-los. “

Ela passou a mão esquerda pelo cabelo, lançando-o para trás da orelha e olhando para o pokemon pássaro que jazia desmaiado no chão. Depois mirou a bolota que corria de um lado para o outro entre as patas dos pokemons. Em seguida observou Call e Inu.

“ Não posso ser inocente ao ponto de achar que eles necessitam de mim para sobreviver. Eu preciso da ajuda deles, não o contrário. “

Ela suspirou e a pequena pokemon que estava no seu colo lambeu o seu rosto, fazendo-a rir. Wez passou a mão livre sobre os pelos na parte superior da cabeça dela e roçou a bochecha na dela.

- Bom, acho que vocês poderiam me acompanhar até a próxima cidade, não é mesmo? Lá podemos decidir.

Call e Inu deveriam começar a trocar os ataques dentro de alguns segundos. Ela sabia que Call poderia fazer aqueles movimentos que a deixavam mais forte e podia atacar com o corpo. Já Inu deveria poder latir e morder. Seria uma batalha de força e resistência. Call tinha o corpo metálico e flutuava, Inu tinha...ela não sabia qual seria a vantagem que o seu provável futuro companheiro teria, o que a deixou apreensiva. Ela não queria que nenhum deles se sentisse humilhado pelo outro. Ela tinha que confiar na força dos dois, esse era o seu dever como companheira deles.
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Mensagem por Duque Maravilha Seg Jul 20, 2015 12:57 am

Wez estava mais um vez diante de uma cruz e uma espada. Uma leve memória tocou sua bochecha como um vento fresco. Uma situação dessas não poderia ter a graça de sua decisão. Ela então se sentou em meio aos cães felpudos e deixou que o destino escolhesse um lado a apoiar. A pequena fêmea, afeiçoada a gentil moça, pulou em seu colo para ver a batalha que sucederia.

Em campo Call encarava os olhos amendoados de seu oponente. O mesmo via a si mesmo no reflexo metálico da espada. Passo a passo eles se rodeavam e esperavam a ação do outro. Dois guerreiros a espreita da investida do adversário. Pelo menos aos olhos de Wez. Call e o cão, apelidado de Inugami, eram apenas filhotes a provocar um ao outro com nada mais que pose e falsa coragem.

Distraída em devaneios Wez imaginava o que seria do pequeno grupo sem o líder. Inugami, como batizou, parecia ser o irmão mais velho da matilha, logo, o protetor do grupo. Será que todos eles estariam protegidos nas campinas? Seria ela uma separadora de uma família tão unida? Poderia ela escolher quem levar?

Quando o cão se preparou para o bote e a espada para o corte, pequenas sombras foram cobrindo o campo. Uma a uma a sombras cobriram a todos. A fêmea no colo de Wez parou de lamber sua nova amiga e latiu para o alto. Todos os câes largaram sua brincadeira e brigaram por uma espaço no colo da garota.

Call e Inugami se postaram ao lado de Wez em guarda. As sombras eram formadas por penas vermelhas como sangue, bicos afiados e olhares sedentos de fúria. A árvore estava abarrotada por Spearows raivosos e no galho mais alto um imponente Fearow adentrava na arma de Wez com seu olhar assassino.
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Mensagem por Wez Seg Jul 20, 2015 1:43 am

A primeira sombra passou despercebida para a mulher. A segunda havia chamado a atenção da pequena cachorra no seu colo. Wez somente as percebeu quando a pequena latiu para o alto. Ao seguir o seu olhar, seu coração pareceu parar. Ao perceber que eram do mesmo tipo do pokemon ave que estava desacordado no chão, ela sabia que teriam problemas.

“Péssima hora para eles chegarem. Péssima. “

Todos os filhotes haviam pulado para o seu colo, protegidos por um tecido branco leve que era a roupa da mulher. Ao sentir o olhar furioso do enorme pokemon, Wez olhou em volta em busca de ajuda. Calibur e Inugami já estavam ao seu lado em posição de guarda, ambos não estavam para brincadeira. Mas ela sabia que aquilo seria uma chacina se ela não fizesse alguma coisa e rápido. Assim que se levantou, ela segurou a fêmea nos seus braços e jogou a mochila lentamente sobre o ombro esquerdo. Ela sentiu uma forte dor de cabeça quando se abaixou lentamente e colocou os pequenos cachorros um a um na sua mochila.

“Eles são pequenos, não devem ser mais rápido que essa ave enorme. Cal e Inu devem conseguir fugir comigo. “

Nos segundos seguintes a dor se intensificou e a sua vista escureceu. Ela estava descalça, seus pés tocavam uma pedra cinzenta gelada que formava as escadarias do local. Ao olhar por cima do ombro, ela percebeu a neve branca que caia lentamente. Um silencia abissal tomava conta, fazendo com que o seu coração disparasse.

- Cal!! – Ela gritou. – Call!!

Nenhuma resposta. Somente o vento a soprar a copa das árvores e o fogo a crepitar nas enormes tigelas espalhadas nas laterais da escadaria. Ela olhou para frente e a construção lhe pareceu familiar, apesar dela não conseguir identificar os seus contornos. Era um lugar majestoso, mas algo estava errado. Ela tocou a sua cintura e percebeu que Cal estava ali adormecida. Ao olhar a palma das suas mãos, seus olhos se arregalaram: sangue, muito sangue escorria pelas suas mãos, braços e pernas. Sua cabeça parecia explodir quando ela começou a correr na direção contrária à construção. Uma voz ecoava na sua mente dizendo apenas uma palavra: CORRA!

Calibur flutuava para perto de Wez sem tirar os olhos das aves. Inu caminhou lentamente até roçar o lado do seu corpo na perna desnuda da mulher. Sem nenhum aviso ela começou a correr. Segurando a pequena Growlithe fêmea nos seus braços, ela correu com todas as suas forças seguindo o caminho de terra batida à sua frente.

“Corra. Corra. Corra. Corra. Corra. “

Ela não pensava em mais nada. Seus olhos estavam abertos ao seu máximo, mas a verdade é que ela nada via. Só ouvia o vento e o granido das aves. Ela tinha que correr. Seu corpo parecia perdido entre o presente e o passado, fazendo-a tremer de frio ao mesmo tempo que suava. A pequenina nos seus braços parecia estar preocupada, mas Wez continuaria a correr até conseguir fugir do que quer que tinha que fugir, no passado ou no presente.
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Mensagem por Duque Maravilha Seg Jul 20, 2015 5:54 pm

Sombra a sombra a penumbra ameaçadora cobriu Wez e os Pokémons. Um sombra feita de fúria e a promessa de vingança das aves que crocitavam batendo suas asas. Um vento forte sacudiu os galhos da árvore fazendo as folhas caírem como chuva pesada no corpo trémulo de Wez. Ela apertava os pequenos cães apavorados em seu colo, temendo por eles na presença de tal ameaça. Centenas de olhos vigiavam as pequenas ações não bruscas da garota. Ela pegou sua mochila e colocou os Growlithes em segurança dentro, precisaria sair com eles dali, tira-los do perigo iminente.

Call e Inugami estavam com coragem para batalhar entre si, mas aquilo não seria um disputa. Bicos afiados estavam apostados para os dois, o que minava toda a coragem que ainda restava em seus pequenos corpos. Wez se levantou e Call voou para ficar entre ela e a árvore. A garota porém não queria uma luta, pois ela sabia que aquilo seria o fim de todos ali. Ela precisava fugir.

Ao dar as costas para a orda, o campo verde deu lugar ao frio do inverno. Pedras frias de um degrau congelavam seus pés. O calor de chamas acesas irradiavam em suas bochechas, mas o frio cortante ainda estava a sua volta. E suas mãos...quentes com o calor de sangue fresco. Sangue que pistava os degraus sobre seus pés. Wez vacilou e sentiu sua carne abrir em contato com o chão frio. Um sombra no alto da escadaria emanava uma forte energia. Wez levantou seu rosto e viu a imagem a falar com ela.

CORRA!

Inugami estava a sua frente latindo. Ele estava se afastando dela e a chamando. Ele olhava para o fim da campina, onde o verde gramado terminava num pequeno bosque. Era uma rota de fuga e ele poderia levar ela em segurança. Wez sem pendar suas vezes correu junto com o cão, segurando mochila entre os braços. Call olhou para a orda imóvel e seguiu sua companheira.

Quando a jovem havia percorrido metade do caminho até o bosque as aves já estavam eufóricas, grasnando desejando por atacar. O grande Fearow porém apenas olhava a moça com atenção. Ela estava quase chegando em meios as árvores quando ele soltou um pio alto e penetrante que fez a espinha de Wez congelar. Um som de seu passado. Um som que ele nunca iria esquecer..

As aves bateram suas asas e tomaram o céu. Uma novem de raiva e penas, varrendo tudo a sua volta para longe. O dia se tornou uma tempestade, coberta para sombra da vingança que aquelas aves prometiam a Wez. Acima delas, com suas enormes asas e um bico frondoso, Fearow comandava a marcha rápida e ia de encontro com a moça e seus Pokémons. Apesar da fúria dos pequenos passaros. Fearow tinha em seus olhos algo mais frio e oculto. Um desejo, uma promessa, uma busca. Ele iria até ela. Fearow queria Wez.
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Mensagem por Wez Ter Jul 21, 2015 1:01 am

Wez estava num estado hipnótico, seu corpo se movia com enorme destreza como se ela tivesse sido treinada para correr, porém a sua mente estava ausente. Seu raciocínio estava no automático, concentrado somente na corrida. Seu corpo oscilava entre o frio das suas memórias e o calor do presente. Ela mal tinha noção da floresta à sua frente, seus olhos estavam sem foco nenhum.

“Corra, corra, corra, corra. “

De repente o profundo grasnado do Fearow pareceu trazê-la de volta e seus pés quase vacilaram, fazendo-a dar um trote a mais que o previsto. Aquele barulho agudo, ela se lembrava dele com perfeição. Seu coração deu um salto, mas seus pés continuaram a correr ao lado dos seus companheiros.

“Ele...não pode ser. Taz...não é possível. “

A loira corria com todas as suas forças e os seus olhos se encheram de lágrimas. Aquele era Taz. Ela não o confundiria. O pequeno e arrisco Taz. A cabeça dela latejou fazendo-a levar a palma da mão à testa. Cal diminuiu a velocidade para ficar ao lado dela. A pokemon temia por ela, mais do que podia explicar.

“Vamos Wez....vamos. Não é hora de parar.”

A pokemon espada estava afoita e girava em torno do próprio eixo. Mas a humana não parecia ter mais forças para correr tão rápido. Ela tinha que fazer alguma coisa e rápido. Então ela se deitou na horizontal e se encostou na lombar da loira, empurrando-a conforme ela mesma avançava.

- Call...

Wez sentiu o metal frio tocar a sua pele por cima do tecido branco que a protegia. Não era hora de ficar presa ao passado. Se ela o fizesse o seu presente seria comprometido e o seu futuro poderia não existir. Ela abraçou mais forte a sua mochila e continuou correndo, agora com a ajuda da sua companheira. Ela precisava ajudar os filhotes que estavam com ela. Porém conforme corria, a sua mente começou a rachar a muralha que prendia as suas lembranças.

- Tai!! Espera Tai!!

Ela gritava conforme corria pelas margens de um riacho cristalino. Era dia de verão e as flores preenchiam a grama dos dois lados do córrego. Ela era pequena, nova e inocente, com grandes olhos azuis emoldurados pelos seus cabelos loiros curtos e a pele alva.

- Venha logo Wez! Esta quase na hora!!

Ela alcançou Tai e correu ao seu lado. Ele era o oposto dela: pele escura, cabelos vermelhos e olhos verdes. Tinha alguns centímetros a mais que ela, mas tinham a mesma velocidade naquele instante. Alguns segundos depois, os dois chegaram à uma arvore solitária e ela pôde ouvir um pio solitário.

- Ele esta ali! – Ele disse já diminuindo a velocidade.
- Ele quem? Por que esse pássaro esta tão desesperado? – Wez perguntou já encostando no tronco.

Tai somente colocou o indicador na frente dos lábios e começou a escalar a árvore. Ela o seguiu até o topo, onde encontrou um ninho com um único filhote de Spearow chorando. Tai sorriu e colocou a mão no bolso, da onde tirou uma minhoca ainda viva e colocou nos lábios, se aproximando do filhote em seguida. Wez não sentiu nojo, ela se sentiu feliz, estranhamente admirada com o garoto que era um pouco mais velho.

- Quer tentar alimentar o Taz?

Wez não pensou duas vezes e alimentou o filhote da mesma forma. Ele parou de piar depois da terceira minhoca. Tai e Taz tinham se tornado grandes companheiros nos anos que se seguiram.

Um galho bateu de frente no rosto de Wez, no presente, trazendo-a de volta. Ela não fazia idéia do por que Taz estaria perseguindo-a com tamanha raiva, mas não poderia colocar todos os filhotes em risco para descobrir. Ela tinha que se proteger e protege-los naquele momento. Tinha que correr. Aquela voz tinha falado para ela correr no passado e ela tinha que fazer isso de novo.

“Vai dar tudo certo...tem que dar tudo certo. Eu preciso descobrir o que aconteceu com o Tai.”









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Mensagem por Duque Maravilha Sáb Jul 25, 2015 12:41 am

O campo verde deu lugar a altas árvores. Eucaliptos verdejantes que sacudiam com o bater de asas da nuvem de aves sedentas. Uma cuva de foolhas tocava a pele alva de Wez enquanto corria. Inugami pulava entre as ráizes guiando o caminho para longe dos inimigos. De tempos em tempos olhava para trás se certificando que a garota estava pisando nos locais certos e correndo. Por sua vez Wez seguia um ritmo acelarado, suas pernas firmes no solo saltavam os obstáculos e esquivavam dos perigos, assim como suas mãos protegiam a mochila como algo precioso. Porém seus olhos eram vazios. Sua mente vagava enquanto seu corpo lutava para sobreviver.

As memórias cintilavam em seus olhos como um espectro de um cristal em frente a luz. Memórias tão escondidas que mantinham um brilho fascinante. Call notou a feição palida de sua mestre e decidiu usar de sua força para garantir os passos dela. O frio metal em sua costas lhe acordou para a realidade. Estava agora em um bosque, com muitas árvores proximas, formando uma copa quase fechada de folhas verdes. Aquilo manteria as aves afastadas, mas até quando?

Um estalo alto fez Inugami interromper sua corrida, mais a frente. Mais estalos ocorreram depois. Um tronco caiu ao lado do mão, e depois outro em sua frente. Ele olhou em volta e farejou o ar. Aflito se virou e foi em direção a Wez. Algo estava vindo. Árvores e mais árvores caiam. Um clarão explodiu perto da garota. Inugami se aproximou da garota. Seus olhos procuraram por algo até que achou uma pequena alcova formada pelas raízes de uma das árvores. Um esconderijo. Ele latiu chamando atenção e entrou no buraco. Outra árvore caiu, só que mais perto da jovem e labaredas vermelhas como sangue lambiam a madeira.
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Mensagem por Wez Sex Ago 21, 2015 9:24 pm

Ela tinha de fugir, esse era o seu objetivo. Mas para onde? Assim que Inugami parou, Wez freou o seu avanço, o que foi difícil com Call empurrando-a. Ela levou uma das mãos ás costas e com um movimento rápido, segurou a empunhadura da pokemon e girou sobre os calcanhares, adquirindo uma posição de ataque com a pokemon espada empunhada. Call ficou surpresa e a olhava incrédula.

- Vamos enfrentar isso Call. Juntas.

A outra mão segurava a pequena Growlithe fêmea enquanto ela podia sentir o resto do bando movendo-se dentro da sua bolsa. Ela fixou os olhos à sua frente enquanto mais árvores tombavam. Ao perceber a fuga do Inugami, ela correu para o esconderijo encontrado e esperou pelo pior. Ela estava abraçada na sua bolsa, com a pequena Growlithe no seu colo. Inu e Call estavam à sua frente para protege-la. Agora era só esperar.
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